31 março 2011

MENINO AUTISTA, QUE TEM QI. SUPERIOR AO EINSTEIN, DESENVOLVE SUA PRÓPRIA TEORIA DA RELATIVIDADE

Com apenas 12 anos, e um QI de 170 – superior a Albert Einstein – , o americano Jacob Barnett está tão avançado em seus estudos na Universidade de Indiana (EUA) que os professores estão o direcionando para uma função de pesquisa de doutorado. O menino, que aprendeu sozinho cálculos, álgebra, geometria e trigonometria em uma semana, agora ajuda seus colegas da faculdade depois das aulas.

Jacob, que foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma classificação dentro do espectro autista em que muitos têm essa habilidade especial, lançou o seu projeto mais ambicioso: ele está desenvolvendo uma versão expandida da teoria da relatividade de Einstein.
Sua mãe, sem ter certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo com a sua teoria para o renomado Institute for Advanced Study, perto da Princeton University, nos Estados Unidos. Segundo o jornal norte-americano Indy Star, um e-mail enviado por um professor de astrofísica do instituto confirmou a autenticidade da teoria de Jake. “Estou impressionado com o seu interesse pela física e o quanto ele aprendeu até agora. A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Quem os resolve estará no caminho para o Prêmio Nobel”, disse Scott Tremaine.
Com apenas 12 anos, e um QI de 170 – superior a Albert Einstein - , o americano Jacob Barnett está tão avançado em seus estudos na Universidade de Indiana (EUA) que os professores estão o direcionando para uma função de pesquisa de doutorado. O menino, que aprendeu sozinho cálculos, álgebra, geometria e trigonometria em uma semana, agora ajuda seus colegas da faculdade depois das aulas.
Jacob, que foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma classificação dentro do espectro autista em que muitos têm essa habilidade especial, lançou o seu projeto mais ambicioso: ele está desenvolvendo uma versão expandida da teoria da relatividade de Einstein.
Sua mãe, sem ter certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo com a sua teoria para o renomado Institute for Advanced Study, perto da Princeton University, nos Estados Unidos. Segundo o jornal norte-americano Indy Star, um e-mail enviado por um professor de astrofísica do instituto confirmou a autenticidade da teoria de Jake. “Estou impressionado com o seu interesse pela física e o quanto ele aprendeu até agora. A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Quem os resolve estará no caminho para o Prêmio Nobel”, disse Scott Tremaine.
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Acessado em 31 de março de 2011
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28 março 2011

INTERFACE CÉREBRO-COMPUTADOR


O primeiro chip neural implantado em voluntários humanos para um teste clínico acaba de completar 1.000 dias em perfeito funcionamento.
O BrainGate (portal para o cérebro, em tradução livre) está implantado em uma mulher com tetraplegia e, desde então, permite que a paciente controle um cursor na tela do computador usando apenas o pensamento.
Este é um marco importante para as interfaces cérebro-computador porque os primeiros experimentos sofriam rejeição logo após o implante – o organismo criava uma espécie de cicatriz que impedia que os eletrodos coletassem as informações do cérebro.
Controle do computador pelo pensamento
Para testar o funcionamento continuado do aparelho e estabelecer com segurança a marca dos 1.000 dias, os médicos do MIT e da Universidade Brown, nos Estados Unidos, responsáveis pelo experimento, submeteram a paciente a um teste com duração de cinco dias.
Os resultados bem-sucedidos foram publicados nesta quinta-feira no Journal of Neural Engineering.
“Essa prova de conceito – que, após 1.000 dias uma mulher que não tem nenhum uso funcional de seus membros e é incapaz de falar, pode controlar com confiabilidade um cursor na tela de um computador usando apenas a intenção do movimento da mão – é um marco importante para o campo,” disse o Dr. Leigh Hochberg.
A mulher, identificada no artigo científico apenas como S3, realizou tarefas de apontar e clicar – para isso, ela precisava apenas imaginar que sua mão está se estendendo e movendo o cursor.
A média de precisão foi superior a 90 por cento. Alguns alvos na tela eram do tamanho de ícones de programas comuns de computador.
“Nosso objetivo com a interface neural é alcançar o nível de desempenho de uma pessoa sem deficiência usando um mouse”, disse o principal autor do relatório, Simeral John.
BrainGate
Em desenvolvimento desde 2002, o sistema BrainGate é uma combinação de hardware e software que detecta diretamente no cérebro sinais elétricos produzidos pelos neurônios que controlam o movimento.
O aparelho decodifica esses sinais e os traduz em instruções digitais que são passadas ao computador.
O BrainGate está sendo avaliado em sua capacidade de dar às pessoas com paralisia o controle de dispositivos externos, tais como computadores, dispositivos de assistência robótica ou cadeiras de rodas.
A equipe também está envolvida em outra pesquisa para o controle de próteses avançadas e para o controle intracortical direto de aparelhos de eletroestimulação funcional para pessoas com lesão na medula.
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23 março 2011

Cérebro possui "estações de rádio" transmitindo em várias frequências

Rádio Cérebro








Os equipamentos disponíveis permitiram aos cientistas monitorar as "transmissões cerebrais" em freqüências de até 500 Hz. [Imagem: WUSTL]
Assim como ouvintes ajustam a sintonia de um rádio para captar estações diferentes, cientistas demonstraram que é possível sintonizar freqüências precisas emitidas pelo cérebro.
Até agora, os cientistas têm focado suas pesquisas sobre as funções cerebrais no "onde" e no "quando" a atividade do cérebro ocorre.
"O que nós descobrimos é que o comprimento de onda que a atividade cerebral emite proporciona um terceiro ramo essencial para a compreensão da fisiologia do cérebro," diz o Dr. Eric Leuthardt, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Eletrodos no cérebro
Os pesquisadores usaram a electrocorticografia, uma técnica para monitorar o cérebro com uma grade de eletrodos implantada diretamente na superfície do cérebro, de forma temporária.
Os pesquisadores usam essa abordagem para identificar a fonte de ataques epilépticos persistentes e que não respondem aos medicamentos e para mapear regiões do cérebro para a remoção cirúrgica.
Com a permissão dos pacientes, os cientistas agora usaram a grade de eletrodos para monitorar experimentalmente um espectro muito maior da atividade cerebral do que é feito normalmente quando se monitora as ondas cerebrais.
Freqüências do cérebro
As ondas cerebrais são produzidas quando muitos neurônios disparam ao mesmo tempo.
A freqüência desses disparos - quantas vezes eles ocorrem num determinado período de tempo - determina a freqüência da atividade cerebral - ou seu comprimento de onda, que é medido em hertz, ou ciclos por segundo.

Estações FM, por exemplo, transmitem em freqüências entre 88 e 108 MHz - milhões de ciclos por segundo.
Os equipamentos disponíveis permitiram aos cientistas monitorar as "transmissões cerebrais" em freqüências de até 500 Hz.
"Um eletroencefalograma só pode monitorar as freqüências até 40 hertz, mas com a electrocorticografia podemos monitorar as atividades até 500 hertz. Isso realmente nos dá uma oportunidade única para estudar a fisiologia completa da atividade cerebral," diz Leuthardt.
Detectando uma faixa de freqüências maior, os cientistas conseguiram determinar a origem das transmissões com mais precisão, o que deverá permitir um mapeamento das funções cerebrais com uma resolução inédita.
Freqüência e função
Leuthardt e seus colegas usaram essa sintonia da "Rádio Cérebro" para acompanhar a diminuição da consciência durante a ação da anestesia cirúrgica e o retorno da consciência, quando a anestesia começa a perder o efeito.
Eles descobriram que cada freqüência dá informações diferentes sobre como diferentes circuitos cerebrais se alteram com a perda da consciência.
"Algumas relações entre as frequências altas e baixas da atividade do cérebro não se alteraram, e nós especulamos que isso pode estar relacionado com alguns dos circuitos de memória," conta Leuthardt.
Outra descoberta é que o comprimento de onda dos sinais cerebrais em uma determinada região pode ser usado para determinar qual função essa região está realizando naquele momento.
"Historicamente nós juntamos as frequências da atividade do cérebro em um fenômeno único, mas nossos resultados mostram que existe uma diversidade real e uma não-uniformidade nessas frequências", conclui o cientista.
acessado em 23 de março de 2011
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22 março 2011

Paralisia cerebral

 

O filho com paralisia cerebral de Diogo Mainardi


Diogo_mainardi2


Meu pequeno búlgaro.

Diagnosticaram uma paralisia cerebral em meu filho de 7 meses. Vista de fora, uma notícia do gênero pode parecer desesperadora. De dentro, é muito diferente. Foi como se me tivessem dito que meu filho era búlgaro. Ou seja, nenhum desespero, só estupor. Se eu descobrisse que meu filho era búlgaro, minha primeira atitude seria consultar um almanaque em busca de informações sobre a Bulgária: produto interno bruto, principais rios, riquezas minerais. Depois tentaria aprender seus costumes e sua língua, a fim de poder me comunicar com ele.

No caso da paralisia cerebral, fiz a mesma coisa. Passei catorze horas por dia diante do computador, fuçando o assunto na internet. Memorizei nomes. Armazenei dados. Conferi estatísticas. Pelo que entendi, a paralisia cerebral confunde os sinais que o cérebro envia aos músculos. Isso faz com que a criança tenha dificuldades para coordenar os movimentos. Meu filho tem uma leve paralisia cerebral de tipo espástico. Os músculos que deveriam alongar-se contraem-se. Algumas crianças ficam completamente paralisadas. Outras conseguem recuperar a funcionalidade. É incurável. Mas há maneiras de ajudar a criança a conquistar certa autonomia, por meio de cirurgias, remédios ou fisioterapia.

Um dia meu filho talvez reclame desta coluna, dizendo que tornei público seu problema. O fato é que a paralisia cerebral é pública. No sentido de que é impossível escondê-la. Na maioria das vezes, acarreta algum tipo de deficiência física, fazendo com que a criança seja marginalizada, estigmatizada. Eu sempre pertenci a maiorias. Pela primeira vez, faço parte de uma minoria. É uma mudança e tanto. Como membro da maioria, eu podia me vangloriar de meu suposto individualismo. Agora a brincadeira acabou. Assim que soube da paralisia cerebral de meu filho, busquei apoio da comunidade, entrando em tudo que é fórum da internet para ouvir o que outros pais em minha condição tinham a dizer sobre os efeitos colaterais do Baclofen ou sobre a eficácia de tratamentos menos ortodoxos, como a roupa de elásticos dos astronautas russos usada numa clínica polonesa.

A paralisia cerebral de meu filho também me fez compreender o peso das palavras. Eu achava que as palavras eram inofensivas, que não precisavam de explicações, de intermediações. Para mim, o politicamente correto era puro folclore americano. Já não penso assim. Paralisia cerebral é um termo que dá medo. É associado, por exemplo, ao retardamento mental. Eu não teria problemas se meu filho fosse retardado mental. Minha opinião sobre a inteligência humana é tão baixa que não vejo muita diferença entre uma pessoa e outra. Só que meu filho não é retardado. E acho que não iria gostar de ser tratado como tal.

Considero-me um escritor cômico. Nada mais cômico, para mim, do que uma esperança frustrada. Esperança frustrada no progresso social, na força do amor, nas descobertas da ciência. Sempre trabalhei com essa ótica antiiluminista. Agora cultivo a patética esperança iluminista de que nos próximos anos a ciência invente algum remédio capaz de facilitar a vida de meu filho.

E, se não inventar, paciência: passei a acreditar na força do amor. Amor por um pequeno búlgaro.

Texto publicado na coluna de Diego Mainardi na Revista Veja
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15 março 2011

CONTEÚDO LIVRE: Consumo vetado - MARA GABRILLI

CONTEÚDO LIVRE: Consumo vetado - MARA GABRILLI: "'Finger', 'ambulift', braile, acessibilidade: todos termos pouco conhecidos, mas que garantem a nós, pessoas com deficiência, dignidade ..."
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09 março 2011

Apenas Diferentes

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Plenário - Câmara Federal - 24/02/11

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Solidão não rima com inclusão...

José Pacheco.

Aos cínicos (que ainda encontro por aí...) direi que, onde houver turmas de alunos enfileirados em salas-celas, não haverá inclusão. Onde houver séries de aulas assentes na crença de ser possível ensinar a todos como se de um só se tratasse, não haverá inclusão.

Nunca será de mais voltar ao assunto, para lembrar que, apesar da teoria e contra ela, a realidade diz- nos que, desde há séculos, tudo está escrito e tudo continua por concretizar.

Nunca será de mais falar de inclusão. Nunca será de mais lembrar que os projectos humanos carecem de um novo sistema ético e de uma matriz axiológica clara, baseada no saber cuidar, conviver com a diversidade.

A chamada educação inclusiva não surgiu por acaso, nem é missão exclusiva da escola. É um produto histórico de uma época e de realidades educacionais contemporâneas, uma época que requer que abandonemos muitos dos nossos estereótipos e preconceitos, que exige que se transforme a "escola estatal" em escola pública - uma escola que a todos acolha e a cada qual dê oportunidades de ser e de aprender.

Os obstáculos que uma escola encontra, quando aspira a práticas de inclusão, são problemas de relação. As escolas carecem de espaços de convivencialidade reflexiva, de procurar compreender que pessoas são aquelas com quem partilhamos os dias, quais são as suas necessidades (educativas e outras), cuidar da pessoa do professor, para que se veja na dignidade de pessoa humana e veja outros educadores como pessoas. Sempre que um professor se assume individualmente responsável pelos actos do seu colectivo, reelabora a sua cultura pessoal e profissional... "inclui-se". Como não se transmite aquilo que se diz, mas aquilo que se é, os professores inclusos numa equipa com projecto promovem a inclusão.

Aos adeptos do pensamento único (que ainda encontro por aí...) direi ser preciso saber fazer silêncio "escutatório", fundamento do reconhecimento do outro. Que precisamos de rever a nossa necessidade de desejar o outro conforme nossa a imagem, mas respeitá-lo numa perspectiva não narcísica, ou seja, aquela que respeita o outro, o não-eu, o diferente de mim, aquela que não quer catequizar ninguém, que defende a liberdade de ideias e crenças, como nos avisaria Freud. Isso também é caminho para a inclusão.

Aos cínicos (que ainda encontro por aí...) direi que, onde houver turmas de alunos enfileirados em salas-celas, não haverá inclusão. Onde houver séries de aulas assentes na crença de ser possível ensinar a todos como se de um só se tratasse, não haverá inclusão. Direi que, enquanto o professor estiver sozinho, não haverá inclusão. Insisto na necessidade da metamorfose do professor, que deve sair de si (necessidade de se conhecer); sair da sala de aula (necessidade de reconhecer o outro); sair da escola (necessidade de compreender o mundo). O ethos organizacional de uma escola depende da sua inserção social, de relações de proximidade com outros actores sociais.

Também é requisito de inclusão o reconhecimento da imprevisibilidade de que se reveste todo o acto educativo. Enquanto acto de relação, ele é único, irrepetível, impossível de prever (de planear) e de um para um (questionando abstracções como "turma" ou "grupo homogéneo"), nas dimensões cognitiva, afectiva, emocional, física, moral... As escolas que reconhecem tais requisitos estarão a caminho da inclusão.

Na solidão do professor em sala de aula não há inclusão. Nem do aluno, metade do dia enfileirado, vigiado, impedido de dialogar com o colega do lado, e a outra metade, frente a um televisor, a uma tela de computador ou de telemóvel... sozinho. A inclusão depende da solidariedade exercida em equipas educativas. Um projecto de inclusão é um acto colectivo e só tem sentido no quadro de um projecto local de desenvolvimento consubstanciado numa lógica comunitária, algo que pressupõe uma profunda transformação cultural.

Disponibilizado em: 05/03/2011.

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Ciência avança cada vez mais na interação cérebro e máquina

Postado em: 18-02-2011 | Por: Leandro Portella | Em: Ciência e Tecnologia

Braços biônicos com nervos naturais e robôs acionados pelo pensamento são os avanços mostrados em congresso científico

O uso da tecnologia para ajudar pacientes com lesões na medula espinhal ou membros amputados está chegando a níveis inéditos, segundo uma série de seminários durante a reunião anual da AAAS (na sigla em inglês, Sociedade Americana para o Avanço da Ciência), em Washington. Apenas nos Estados Unidos, em 2008, 1,7 milhões de pessoas tinham algum tipo de amputação, e esse número pode dobrar até 2050. Lesões na medula respondiam por 311.000 casos no país, em 2009.

Nesta quinta-feira (17) foram apresentados à imprensa quatro iniciativas dos Estados Unidos e Europa, que mostram que está cada vez mais perto o dia em que o homem poderá mover uma máquina apenas com o pensamento.

Melhor comando de braços robóticos
Todd Kuiken, diretor do Centro de Reabilitação de Chicago, apresentou uma nova técnica chamada Reenervação de Músculos Focalizada (Targeted Muscle Reinnervation, cohecida como TMR). “Os nervos e músculos que sobraram comandam a prótese robótica, o que consegue ser eficiente em movimentos grandes e simples como dobrar do cotovelo, mas não para movimentar mãos, dedos e pulsos com precisão,” explicou o médico.
A técnica TMR consiste em reimplantar nervos do próprio paciente no músculo do membro restante, o que amplifica os impulsos nervosos e permite movimentos mais precisos e comandos mais intuitivos — ele precisa apenas pensar no que movimento que quer fazer e a prótese, ligada a um sistema de computadores, responde. Glen Lehman, um sargento que perdeu o antebraço na Guerra do Iraque, demonstrou o uso da nova técnica. “Eu só preciso pensar no movimento que a protése se mexe de acordo,” descreveu aos presentes.
Já Andrew Schwarz, da Universidade de Pittsburgh, usou eletrodos implantados no cérebros de macacos cobaias para estabelecer com precisão quais neurônios estavam envolvidos no comando de um braço robótico, bem como interpretar os comandos neurológicos enviadas para cada movimento diferente.
Os testes com humanos vão começar em junho. Os pesquisadores pretendem colocar braços robóticos na cadeira de rodas de pacientes com lesão medular, que vão deverão movimentá-lo apenas com o pensamento.
Na Europa, experiências fora do corpo e robôs multitarefa
Na sequência, o professor José Millán, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, apresentou seu Robotino, um pequeno robô comandado pelo cérebro que consegue “aprender” com seu usuário. “Em interfaces cérebro-máquinas que temos hoje, a pessoa precisa repetir o comando mental seguidamente, como por exemplo, mandar uma cadeira de rodas seguir em frente,” explicou Millán. “Ninguém aguenta fazer isso por mais de uma hora”. O ideal seria que a máquina conseguisse entender a “vontade” do usuário, em vez de um comando mental repetido indefinidamente.
Com o Robotino, a equipe de Millán está perto de conseguir isso. O sistema consegue compreender a intenção do usuário, o que permite que este consiga descansar a mente e desempenhar tarefas secundárias como ler em silêncio ou em voz alta enquanto usam o robô. O sistema também processa imagens, de modo a conseguir evitar obstáculos no caso de uma distração do usuário, que “envia” os comandos via uma touca que lê os sinais elétricos do cérebro como um eletroencefalograma.
Também da Politécnica de Lausanne, o neurologista Olaf Blanke trouxe uma pesquisa que a princípio, parece mais metafísica que neurológica: como o cérebro entende estar consciente. Sabendo que boa parte das experiências de se sentir fora do corpo acontecem por estímulo ou lesão em partes específicas do cérebro, a região frontal e temporo-parietal, Blanke usou realidade virtual com voluntários com lesões nessas áreas. “A ideia era entender o que acontecia com alguém quando mudamos a posição do seu ‘eu’”, explicou o médico suíço.
Nos experimentos, os voluntários se inseriam num corpo de um avatar, usando tecnologias de Realidade Virtual, e eram submetidos as experiências que visavam dividir seus sentidos. Por exemplo, eram tocados em uma parte do corpo, enquanto viam seus avatares serem tocados em outra, e as sensações e percepções foram registradas pela equipe de Blanke.
As aplicações desse estudo estão no melhor entendimento da consciência corporal e a sensação de pertencimento de membros robóticos ao corpo dos pacientes, bem como o problema dos “membros fantasmas”. “O paciente sentir que a prótese faz parte do corpo dele é meio caminho andado,” disse Kuiken. Nesse ponto, os macacos podem estar na nossa frente — segundo Schwarz, seus Rhesus se acostumam tanto ao braço robótico que tentam penteá-lo como se fosse um de seus peludos bracinhos normais.
Fonte: Último Segundo
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Deficiente Ciente: Como obter a credencial para estacionar em vagas ...

Deficiente Ciente: Como obter a credencial para estacionar em vagas ...: " As Resoluções 303 e 304 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicadas no dia 22/12/2008, tratam, respectivamente, da regulame..."
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